Se me atordoa o peito
Sufoco desconcertante,
É que incerto é feito
O irresoluto instante.
E rui a vontade certa,
E gargalha a indecisão.
E à opção desperta
Responde-se com o 'não'!
Tempo podre, malfazejo...!
Que avilta o prazer
Num incessante assédio,
Vá-se, daqui passe logo
Que já não posso sofrer;
Leve pra longe este tédio!
André Santos de Medeiros
08.01.2012 às 02:18
É possível comentar um poema que emerge de tão profundo sentimento? Nada posso dizer que não seja o quanto me tocou. Se a idéia traduz o tédio, a forma traduz o anseio.
ResponderExcluirSimplismente maravilhoso!