domingo, 8 de janeiro de 2012

Soneto Entediante

Se me atordoa o peito
Sufoco desconcertante,
É que incerto é feito
O irresoluto instante.

E rui a vontade certa,
E gargalha a indecisão.
E à opção desperta
Responde-se com o 'não'!

Tempo podre, malfazejo...!
Que avilta o prazer
Num incessante assédio,

Vá-se, daqui passe logo
Que já não posso sofrer;
Leve pra longe este tédio!


André Santos de Medeiros
08.01.2012 às 02:18

Um comentário:

  1. É possível comentar um poema que emerge de tão profundo sentimento? Nada posso dizer que não seja o quanto me tocou. Se a idéia traduz o tédio, a forma traduz o anseio.
    Simplismente maravilhoso!

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